quarta-feira, 24 de abril de 2013

Revolução

vinte e cinco

de abril

de mil novecentos e setenta e quatro,

o mais belo verso

que o meu povo escreveu
nas páginas da sua vida.

terça-feira, 23 de abril de 2013

sem horizontes

o horizonte é a linha a partir da qual não podemos ver o que para lá dela se situa. 

todavia, a que mais nos seduz transpor.

mesmo que de lá a inexorável morte se anuncie, é lá então que quereremos morrer.

domingo, 21 de abril de 2013

sem título

tive de deixar os sapatos à porta
para entrar descalço
na minha vida.

agora sangram-me os pés,
tantos os vidros partidos pelo chão.

terça-feira, 9 de abril de 2013

- sem título -

nos dias de maresia
junto às muralhas
sentes no rosto o choro das ondas
em revolta

um pequeno frio

salpica-te a alma.