quarta-feira, 18 de setembro de 2013

do meu mundo

do meu mundo não se vê o teu.
do meu mundo levanta-se um muro de ignorância
uma trincheira de egoísmo
um vulcão de escuridão que se levanta pelo céu em furiosas nuvens
de enxofre.

do meu mundo não se vê o mundo dos outros,
separaram-nos em compartimentos estanques,
cubículos, cidades, números, corpos.

os mundos

dos outros,

são afinal iguais aos meus.
para eles, o outro sou eu.

- sem título -

um peixe grande sereno

não agita a superfície

do lago.