domingo, 1 de outubro de 2017

cidade

a minha cidade tem as veias
a céu aberto
por onde escorre a sujidade
própria do amor

e o rio lambe os milénios
que guardamos nas casas dos nossos avós
enquanto esconde a bruma os falsos sorrisos
e se exaltam pela salsugem as rugas batidas pelo mar

esta taifa é livre nos corações livres
é um grito de Rebelo
um silvo de flecha no silêncio
uma trincheira de rebeldes
e só quem a ama a pode odiar.

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